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quinta-feira, 14 de abril de 2011

. Polícia conclui que atirador de Realengo agiu sozinho Homem citado em carta é encontrado, mas nega participação no crime


A polícia identificou um rapaz que estudou com Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre em Realengo, zona oeste do Rio, e se chama Abdul, nome citado em algumas cartas deixadas pelo assassino, que matou 12 adolescentes e feriu outros 12 na última quinta-feira (7). Apesar disso, a DH (divisão de Homicídios) concluiu que o atirador agiu sozinho.
De acordo com o delegado titular da DH, Felipe Ettore, Abdul admitiu que estudou com Wellington, mas negou qualquer envolvimento com o ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira. O jovem afirmou que não tinha contato com o assassino há muitos anos.
Apesar da coincidência dos nomes, o delegado descartou a hipótese de Abdul ser comparsa do atirador de Realengo.
- Com base em todos os depoimentos de vizinhos, amigos e também com base nas cartas e vídeos,  estamos convictos de que ele agiu sozinho.
Ettore ressaltou ainda que o caso está encerrado para a Divisão de Homicídios. De acordo com ele, o último capítulo foi a prisão do segurança Manoel de Freitas Louvise, que vendeu o revólver calibre 38 para Wellington.

Entenda o caso
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Conheça as vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira
Acompanhe a cobertura completa do caso
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Duas adolescentes, uma delas ferida, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados na sexta-feira (8) e uma foi cremada na manhã de sábado (9).
O corpo do atirador permanece no IML. Ele ficará no local por até 15 dias aguardando reconhecimento por parte de um familiar e liberação para enterro. Caso isso não ocorra, o homem pode ser enterrado como indigente a partir do dia 23 de abril.

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