De acordo com o ministro, o grupo de militares será enviado a Benghazi, principal reduto dos rebeldes na Líbia, mas não participará de nenhum tipo de combate. Hague também reforçou que a Grã-Bretanha não fornecerá armas aos combatentes líbios.
"Eles vão aconselhar o Conselho Nacional de Transição Interino (grupo formado pelos rebeldes) a melhorar sua estrutura, comunicação e logística, inclusive quanto à melhor forma de distribuir ajuda humanitária e assistência médica", afirmou Hague.
Foto: AP
Rebeldes treinam manuseamento de armas em Benghazi, na Líbia
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o governo líbio prometeu dar às equipes de ajuda humanitária internacional acesso a áreas sob seu controle. O acordo permitiria que os agentes humanitários se estabeleçam na capital da Líbia, Trípoli, e circulem livremente pelo território do país.
As forças do líder líbio, coronel Muamar Kadafi, têm mantido pressão sobre a cidade de Misrata, controlada por rebeldes, em uma ofensiva que, segundo estimativas, já deixou centenas de mortos. Relatos dão conta que a cidade está ficando sem alimentos básicos e suprimentos médicos.
De acordo com a ONU, os combates deveriam parar em Misrata para que equipes humanitárias possam atender a população. No entanto, o governo ainda não se comprometeu com um cessar-fogo.
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Evacuação
Cerca de mil líbios e trabalhadores estrangeiros que foram evacuados de Misrata chegaram na noite dessa segunda-feira à cidade de Benghazi.
As pessoas foram transportadas em um navio fretado pela agência de ajuda Organização Internacional para a Migração (IOM, sigla em inglês). A entidade afirma que milhares de outras pessoas estão esperando para ser evacuadas.
Alguns dos refugiados que chegaram a Benghazi na noite de segunda-feira acusaram as tropas do regime de atirarem indiscriminadamente. A IOM afirma que a situação em Misrata é cada vez mais perigosa. "Nós gostaríamos de poder tirar mais gente de lá, mas isto não foi possível", afirmou Jeremy Haslam, da missão de resgate da IOM. "Embora a troca de tiros tenha diminuído quando estávamos embarcando (...), tivemos um período muito limitado para embarcar os migrantes e os líbios e sair".
Apesar da resolução aprovada em março pelo Conselho de Segurança da ONU, autorizando bombardeios na Líbia para proteger os civis, os rebeldes foram incapazes de manter território durante os combates nas cidades costeiras do leste do país.
Kadafi está desafiando a pressão internacional para que deixe o poder, apesar da revolta popular iniciada em fevereiro, em Benghazi, contra o seu regime, que já dura 41 anos
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